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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Síndrome do Intestino Irritável.

Dor abdominal, diarréias frequentes, constipação, gases, e ainda, depressão ou ansiedade? Você pode ter a chamada Síndrome do Intestino Irritável. Aprenda o que é e o que fazer para lidar com ela.
A síndrome do intestino irritável é um distúrbio intestinal funcional comum caracterizada por desconforto abdominal recorrente e função intestinal anormal. O desconforto freqüentemente se inicia após a alimentação e desaparece após a evacuação. Os sintomas podem incluir cólicas, náuseas, distensão abdominal, gases, constipação, diarréia e uma sensação de evacuação incompleta. Pode estar associado a graus variados de depressão ou ansiedade.
A causa da síndrome do Intestino Irritável (SII) não é bem conhecida e, portanto, não se sabe como, a partir de um certo momento, uma pessoa passa a apresentar os sintomas. No passado, achava-se que o problema era puramente emocional. Hoje, sabemos que o intestino tem um segundo cérebro representado por mediadores e um sistema nervoso próprio. Sabemos também que a região do hipotálamo no cérebro, entre outras funções, é responsável pelo impulso das emoções e tem ligação direta com o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Sabemos, ainda, que o principal nervo do sistema parassimpático, o nervo vago, enerva todo o tubo digestivo. Ele estimula a secreção de ácido, de enzimas, de fatores digestivos e coordena a movimentação do intestino. Além disso, há cerca de cinco anos, descobriu-se que existem hormônios e receptores para esses hormônios localizados no tubo digestivo, similares àqueles encontrados no sistema nervoso central e que são chamados de encefalinas, por analogia a encéfalo (cérebro). Portanto, o tubo digestivo possui enervação própria e hormônios que regulam sua motilidade e capacidade de secretar. Tudo isso nos permite afirmar que existe relação direta entre a emoção integrada no hipotálamo e a motilidade do intestino.
Os indivíduos com síndrome do intestino irritável com predomínio de diarréia apresentam mais de três evacuações/dia, fezes líquidas e/ou pastosas e necessidade urgente de defecar. As evacuações não costumam ocorrer à noite, durante o sono, ao contrário das diarréias de causa orgânica. Não há sangue nas fezes (com exceção dos casos de fissura ou hemorróidas), mas pode haver muco.
Já os com predomínio de constipação (intestino preso) evacuam menos de três vezes/semana, as fezes são duras e fragmentadas (fezes em "cíbalos" ou "caprinas"), e realizam esforço excessivo para evacuar (evacuações laboriosas). A constipação pode durar dias ou semanas e obrigar o paciente a fazer uso de laxantes em quantidades cada vez maiores, o que a agrava ainda mais a doença. Dor abdominal acompanha a gravidade da constipação e tende a aliviar com eliminação de fezes, porém é freqüente a queixa de uma sensação de evacuação incompleta, o que obriga o paciente a tentar evacuar repetidas vezes.
A maioria das pessoas com SII comenta sobre distensão abdominal, eructações e flatulência freqüentes e abundantes. São sintomas inespecíficos e são atribuídos ao excesso de gás intestinal. Entretanto, estudos quantitativos do volume gasoso intestinal em pacientes com SII revelam que a maior parte deles tem volumes normais de gás. Porém, mínimas distensões intestinais provocadas geram esses sintomas, sugerindo uma diminuição (congênita ou adquirida) do limiar de tolerância à distensão.
Certos alimentos são mal tolerados pelas pessoas com SII. A confecção de um diário alimentar correlacionando sintomas com os alimentos ingeridos previamente pode ser capaz de detectar alimentos desencadeantes.
Algumas pessoas têm uma tolerância diminuída ao leite e derivados o que pode desencadear a diarréia. Para essas pessoas a diminuição da ingestão desses alimentos pode melhorar os sintomas. O uso de bebidas gaseificadas pode levar gás aos intestinos e causar dor abdominal.
Comer ou beber rapidamente, mascar chicletes, fumar, inspirar ar pela boca quando nervoso pode levar a algumas pessoas a engolir grandes quantidades de ar, os gases também podem ser produzidos por certos alimentos como feijões, cebolas, brócolis, repolho, uva e ameixa. Comer mais lentamente ou minimizar os alimentos formadores de gases pode ser útil.
Uma vez que a cafeína pode aumentar a motilidade intestinal, as pessoas com a síndrome deveriam evitar ou minimizar o uso de bebidas que contém cafeína como o café e colas cafeínadas.
Por outro lado, aumentar o conteúdo de fibras na dieta pode ajudar a regular a atividade intestinal e reduzir tanto a constipação como a diarréia. Mas atenção!! Fibras solúveis são as que formam e compactam o bolo fecal. Normalmente, são encontradas em polpas de frutas e em alguns cereais. Já as insolúveis formam o bolo fecal, mas não têm o poder de compactá-lo. Funcionam mais como laxante e estão presentes nas cascas das frutas e de cereais e em todas as verduras. De acordo com a tendência a apresentar constipação ou diarréia, os portadores da síndrome do intestino irritável serão orientados a ingerir mais fibras solúveis ou mais fibras insolúveis.
Se fontes modificáveis de estresse podem ser descobertas, resolvê-las pode ajudar.
Exercícios regulares também podem ajudar a normalizar a função intestinal.
E não despreze o benefício que a psicoterapia e outras técnicas terapêuticas (relaxamento, por exemplo) podem trazer aos portadores da síndrome.
Então, se você sente algo parecido procure um médico especialista já. Não é necessário conviver com esses sintomas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Hiperplasia prostática benigna.

A hiperplasia prostática benigna (aumento da glândula prostática) é o tumor benigno mais comum entre os homens. Normalmente aparece após os 40 anos e pode acometer até 80% dos homens. Este aumento da glândula pode ser sinalizado com o aumento da frequência  urinaria e a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
O tratamento clínico pode ser feito por meio de alterações do estilo de vida ou com medicação. Se os pacientes não responderem bem a esses tratamentos, a cirurgia pode ser indicada. A mais nova técnica que chega ao Brasil é o procedimento cirúrgico green light laser, que tem apresentado resultados tão eficientes quanto os métodos tradicionais, com vantagens em relação ao tempo de internação, menos dor e melhor recuperação pós-operatória. A fibra de laser é introduzida pela uretra, por meio de um instrumento acoplado a uma câmera de vídeo que permite a visualização do procedimento.
O laser então é direcionado para o tecido da próstata, que vai sendo literalmente vaporizado pela ação do raio verde. Além disso, apresenta um mínimo de sangramento, porque, ao mesmo tempo em que vaporiza a próstata, realiza a cauterização dos vasos sanguíneos, evitando sangramento durante todo o processo.
Se a hiperplasia benigna da próstata não for tratada, o aumento do volume da próstata pode abrir espaço para uma série de problemas, como retenção urinária, presença de cálculos na bexiga, infecções urinária de repetição e sangramento.
Para prevenir o surgimento dos sintomas, nada de vergonha, vá ao médico regularmente.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Feminilidade e ciclicidade das mulheres.

Um dia você acorda mal humorada. Olha-se no espelho e sente-se horrorosa. Olhos fundos, pálpebras inchadas. A pele está oleosa e, apesar de ter mais de trinta anos, algumas espinhas estão surgindo. Os seios e o abdômen estão bem maiores do que ela julga ser “seu normal”. Sente-se “gorda”, cansada e seu apetite parece insaciável. Tem desejos por doces e chocolates. As roupas não lhe caem bem, parece que tudo aperta. No trabalho, o serviço não rende. As horas parecem não passar, não vê a hora de voltar para casa e se deitar. Está irritada com tudo e muito sensível, chorando com facilidade. Apesar de não se sentir bem, se uma amiga lhe pede apoio, a acolhe e sensibiliza-se com seu problema, pois está aberta e sensível aos problemas alheios.
E... Dez dias depois, você parece outra mulher: acorda bem disposta, admira-se no espelho sentindo-se bonita. A pele está luminosa, os cabelos sedosos. O inchaço desapareceu por completo, parece mais magra. Está alegre, bem humorada. Sente vontade de sair, rende mais no trabalho. Tem vontade de namorar. Se a amiga lhe pede apoio, sua reação poderá ser bem diferente: não está com disposição para acolher, nem para chorar junto. Mas pode estimular a amiga a reagir, uma vez que está bastante animada.

Você se identifica com essas alterações? Pois é, o que parecem ser relatos de mulheres diferentes são apenas dois momentos distintos do ciclo de uma mesma mulher. No primeiro relato, está no período pré-menstrual, enquanto que no segundo está entre a menstruação e a ovulação. Assim como as fases da Lua, as marés e as estações do ano, a natureza da mulher é cíclica, mutável.
A influência dos hormônios no comportamento humano está longe de se limitar à adolescência, principalmente nas mulheres, que estão mais propícias às flutuações hormonais, durante a fase menstrual e também como parte do processo de envelhecimento, que são responsáveis por oscilações mais suaves ou intensas das emoções.
Todo mês, quando vai chegando a TPM (tensão pré-menstrual), a mulher sente na pele a interferência das alterações hormonais. Nos primeiros 15 dias do ciclo menstrual, o erotismo e a feminilidade ficam mais evidentes. Mas, conforme os dias vão passando, a mulher se torna mais sensível e irritadiça. Essa oscilação de humor acontece devido ao aumento do hormônio progesterona que ocorre na segunda fase do ciclo menstrual.
As alterações na menopausa são sempre mais intensas. Em geral, são piores nos primeiros anos da menopausa e tendem a se amenizar com o tempo. As principais mudanças são depressão, irritabilidade, calores noturnos, falta de libido, diminuição da lubrificação da pele e da vagina, dores musculares e articulares.
Fatores com estresse podem causar picos hormonais incomuns, o que leva a mudança completa do humor feminino. Para evitar mudanças bruscas no humor feminino o ideal é manter uma vida equilibrada e realizar exercícios físicos aeróbicos regulares. Sabe-se que a prática dos exercícios, além de aliviar o estresse, mantém os níveis hormonais mais estáveis, evitando as alterações bruscas de humor.
Aceitar a ciclicidade determinada pelos hormônios femininos não significa que somos escravas ou marionetes regidas por condições bioquímicas! Ao contrário, conhecer melhor a si mesma e suas flutuações psicoemocionais, permite ter mais controle sobre o próprio comportamento. Isso ocorre porque o fato de tomarmos consciência das condições hormonais e das naturais limitações fisiológicas é o suficiente para diminuirmos a auto-cobrança e, conseqüentemente, a frustração! Assim, aceitar que o feminino é cíclico e mutável é um passo fundamental para viver bem com sua feminilidade e seu corpo, desfrutando das vantagens de cada fase do ciclo e minimizando as desvantagens.

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