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quarta-feira, 16 de março de 2011

Resistindo às tentações: mamadeira, chupeta e leite não-materno

A amamentação demanda tempo, dedicação e desejo genuíno de se doar, além de muitas vezes dor, cansaço e exaustão. Requer disponibilidade, tranquilidade e um ambiente propício para que esta ação flua da melhor maneira possível. A mulher nesta fase encontra-se extremamente sensível, pois tudo envolve cuidado integral ao bebê e renúncia de si mesma. . É um tempo de adequações e desafios. O corpo precisa estar em sintonia física e emocional.
Pressão é o que não falta: da família e amigos, palpitando sobre os modos mais fáceis de alimentar e acalmar o bebê, de uma indústria alimentícia que oferece soluções rápidas e “eficazes”, do regresso ao mercado de trabalho quando o bebê completa quatro ou seis meses de vida estipulados pelas leis trabalhistas.
A mulher passa então a uma corrida cruel e desumana para que o seu bebê continue sendo alimentado e consolado durante a sua ausência. Para muitas mães, o fato de amamentar quando chega do trabalho pode ser demasiadamente exaustivo, pois além de mãe ainda é cuidadora do lar, profissional e mulher.
O bebê reage ao desmame abrupto, chorando e recusando o oferecimento de outras soluções para substituir o peito. Muitas mães não têm paciência para consolar o bebê neste momento difícil de sua vida, de ordenhar o seu leite, e de oferecê-lo à criança corretamente: por colher ou copinho, para que não haja confusão de bicos e para que o oferecimento do leite materno seja assegurado e contínuo.
Os maiores inimigos do aleitamento materno
O caminho menos tortuoso passa a ser a solução que gerará menos estresse para mãe e criança. A chupeta oferece a idéia do consolo imediato e uma poderosa arma para acalmar o bebê e proteger os ouvidos da mãe e de quem convive com ele.
A mamadeira é o acesso eficaz para que a criança aceite o alimento. É mais fácil, porque anula dele todo o esforço de sugar.
Por fim, a introdução do leite não-materno (fórmulas e de origem animal), já pronto, sem necessidade da ordenha, armazenamento, aquecimento e oferecimento ao bebê pelos meios considerados “mais difíceis e complicados”.

Toda esta sedução, somada à corrida contra o tempo de adaptação e volta ao trabalho e principalmente à escassez de apoio no que diz respeito ao oferecimento do leite materno principalmente em berçários, creches e escolas de educação infantil, levam a mãe a considerar que a amamentação pode ser realmente excluída da vida de seu bebê.
A eficácia imediata das fórmulas e leite animal e o ganho de peso do bebê fascinam a mãe com a idéia de que seu filho está sendo alimentado corretamente. E este é um fascínio tão poderoso que o fato de mais e mais crianças desenvolverem doenças respiratórias, alergias e obesidades passam desapercebidos por milhares de mães. A solução imediata ao problema traz segurança e consolo.

Temos que repensar a necessidade de se desacelerar o processo de inserção da criança à rotina da mãe. O fato de que é a criança, frágil e indefesa, que precocemente está se adequando à rotina do adulto e não o contrário.
É tempo de reavaliarmos todas essas tentações disponíveis e realmente exercermos o papel de mãe, de maternar e de amamentar os nossos filhos, pois, na vida do bebê, este é um momento único e insubstituível, e cabe a nós a responsabilidade de oferecer uma vida saudável e plena a esses pequenos.
Seja valente, amamente de forma natural!!!!!!!

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