Adoçantes são combinações de edulcorantes (substâncias que possuem capacidade adoçante superior a da sacarose (açúcar comum)) formulados para serem adicionados a alguns alimentos e medicamentos. Até a década de 1970, os alimentos com adoçantes eram consumidos somente por pessoas com necessidades nutricionais especiais, como os diabéticos. Mas, esse quadro mudou a partir da década de 1990 com a popularização dos produtos diet e light.
Pesquisas recentes mostram que o brasileiro é quem mais consome adoçante no mundo, mas desconhece totalmente a quantidade adequada para esse consumo. Endocrinologistas recomendam no máximo 4 gotas de adoçante por xícara de café, mas, à medida que se acostuma com o gosto, o brasileiro vai aumentando essa quantidade, o que acaba sendo perigoso.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o consumo brasileiro de três novas substâncias – a taumatina, o eritrol e o neotame, adoçantes já aprovados por outros organismos de saúde.
Existem adoçantes naturais e artificiais, são eles:
Naturais:
Stevia: extraído da planta Stevia rebaudiana, natural do Paraguai, Brasil e Argentina. Calórico, pode ser usado como adoçante de mesa, em balas, bombons, sorvetes, iogurtes, gelatinas, bebidas, etc. Não existem restrições do uso por gestantes. Entretanto, possui um gosto amargo residual. Ingestão diária aceitável: 5,5mg/dia.
Sorbitol e Monitol: pertence à categoria dos polialcóois (uma forma alcoólica da sacarose), comuns em várias frutas. Utilizados pela indústria alimentícia na produção de alimentos diet como chocolates, geléias, panetones, balas e chicletes. Estes dois adoçantes, quando ingeridos em excesso por pessoas sensíveis a eles, podem causar diarréia.
Sucralose: é uma das novidades do mercado. A sucralose é uma molécula de sacarose (açúcar comum) que sofreu um processo de inversão, tornando-a não reconhecida pelo organismo. Desta maneira é uma substância não metabolizada e eliminada intacta nas fezes. É estável sob altas temperaturas podendo ser empregada como adoçante de mesa e em preparações diversas. Não apresenta sabor residual. Ingestão diária aceitável: 15mg/Kg.
Frutose: é o açúcar presente naturalmente nas frutas, com poder adoçante superior ao açúcar comum. Permite ser utilizado em qualquer preparação. Estudos têm associado o consumo excessivo de frutose ao aumento de triglicerídeos (gorduras) na corrente sanguínea. Contudo, o metabolismo da frutose no organismo humano não é totalmente conhecido.
Artificiais:
Sacarina: é o adoçante mais antigo, descoberto em 1879 e usado desde 1901, e derivado da naftalina. Quando em altas concentrações revela um sabor amargo residual. A ingestão diária não deve ultrapassar a 5mg/Kg/dia em adultos. Não se descarta possíveis efeitos carcinogênicos. Ciclamato: sabor agridoce e extraído de um derivado de petróleo. Pode ser utilizado em preparações submetidas ao processo de cocção. É proibido nos EUA desde 1970, pois foi associado ao risco de câncer. Seu uso é restrito em gestantes. Ingestão diária de 11mg/kg.
Em geral, os adoçantes disponíveis no mercado são uma mistura de sacarina e ciclamato, de maneira a reduzir o sabor amargo residual.
Aspartame: adoçante dietético derivado de aminoácidos (fenilalanina e aspartato) e por metanol. Não possui sabor amargo residual, no entanto não deve ser submetido à cocção. Fornece cerca de 4 kcal/g, sendo usado como adoçante de mesa, bebidas, balas, sobremesas e refrigerantes . Ingestão diária aceitável: 40mg/kg.
Acessulfame K: apresenta uma estrutura semelhante à sacarina, foi descoberto em 1967. Presente em refrigerantes, chás, gelatinas, pudins, sorvetes, produtos lácteos, chicletes, xaropes e até pastilhas para garganta. Ingestão diária aceitável: 15mg/Kg.
Algumas dicas para consumir adoçantes: - Evite ingerir um excesso de produtos dietéticos (gelatinas, pudins, refrigerantes); - Evite usar aspartame em alimentos quentes, pois, além de haver uma perda da doçura, é possível que ele seja decomposto em outras substâncias; - Lembre-se de que todo excesso traz prejuízos à saúde. Assim, adoçantes dietéticos não fogem à regra e, portanto, devem ser consumidos com moderação.
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